(English version further down)

Finalmente! Acordamos, com as mochilas quase feitas, e comemos a última torrada com manteiga portuguesa, acompanhada de um café do qual de certeza vamos ter muitas saudades.

Com tudo pronto, só faltava encher a barriga uma última vez, e no Porto (ou em Gaia, como preferirem) só se pode fazer uma despedida gastronómica com uma francesinha e uma Super Bock. O que não sabíamos é que ia ser acompanhada por música pimba e chiripiti. O expoente máximo de portugalidade, portanto.

A família saiu toda bem satisfeita. A saudade já apertava, e os cintos também. Com tanta coisa apertada, os abraços não ficaram para trás. Já no aeroporto, a história foi a mesma, até que Bruxelas começou a chamar mais alto e lá tivemos que ir. Agora a Teté suava, mas porque as mochilas eram grandes e a Ryanair muito chata (queríamos levar mochilas de 40 litros debaixo do assento!). A forretice corre-nos no sangue, por isso nunca vamos pagar malas extra sem as ter (desta vez tínhamos, mas não é isso que importa...).

Por outro lado, vamos stressar, mas faz parte. A senhora da Ryanair já andava pelas filas a ver os bilhetes das pessoas que tinham malas grandes e ora enviava-as para a fila prioritária, ora espremia um pagamento à força e com muita discussão. Nós, obviamente, não estávamos na fila, apenas sentados a ver o caos e a pensar no que estava guardado para nós. Quando chegou a nossa vez, ou a senhora estava mais calma, mais farta, mais vesga, ou de bolsos totalmente cheios. De qualquer forma, não nos pediu nem um cêntimo e apenas embarcamos com a maior das naturalidades. Já poupamos 50€, tau! Dentro do avião tivemos direito a um pôr do sol bestial, cortesia da Mãe Natureza.

Aterrados em Bruxelas, fomos logo ter com a Helena, que tinha uma lasanha quase a entrar no forno e uma garrafa de vinho prontinha para abrir. Temos a dizer que este Airbnb teve uma receção brutal e aconselhamos vivamente. Para acabar o dia, uma cervejinha belga e estávamos prontos para começar esta viagem.

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Finally! We woke up, with our backpacks almost packed, and ate the last toast with Portuguese butter, accompanied by the cup of coffee that we would miss the most.

With everything ready, all that was left was to fill our belly one last time, and in Porto (or in Gaia, as you prefer) you can only have a gastronomic farewell with a francesinha and a Super Bock. What we didn't know was that it would be accompanied by Pimba (traditional Portuguese music) and chiripiti. Top Portugueseness.

The whole family left very satisfied. The longing was already tightening, and so were the belts. With so many tight things, the hugs couldn't stay behind. At the airport, the scene was similar, until Brussels started calling louder and we had to leave. Now Ana Teresa was sweating, but because the backpacks were big and Ryanair was very annoying (we wanted to carry 40-litre backpacks under the seat!). Being "forreta" (look it up!) runs in our blood, so we will never pay for extra bags without actually having them (we did, but that's not the point...).

On the other hand, we will stress, but that's part of it. The Ryanair lady was already walking through the queue looking at the tickets of people who had large suitcases and sometimes sending them to the priority queue, sometimes forcibly squeezing out a payment and an argument too. We were clearly not queueing, just sitting and watching the chaos and thinking about what was in store for us later. When our turn came, the lady was either calmer, more fed up, more cross-eyed, or her pockets were full. In any case, she didn't ask us for a single cent and we just boarded as naturally as possible. We already saved 50€, bam! Inside the plane, we were also treated to an amazing sunset, courtesy of Mother Nature.

Landing in Brussels, we immediately went to meet Helena, who had a lasagna about to go into the oven and a bottle of wine ready to pop. We have to say that this Airbnb had a fantastic reception and we strongly recommend it. To end the day, we had a Belgian beer and we were ready to start this trip.