Saímos do hostel e é um reboliço lá fora. Pessoas a venderem comida que fazem à porta de casa. Lojas de tudo e mais alguma coisa. “Hello sir, where are you from?”. Avançamos pelas ruas estreitas, por entre tuk tuks, motas e riquexós, ladeados por entradas para mais becos e minúsculas casas de cimento sem porta, onde tudo acontece. De um lado, uma senhora sentada no chão a comer, um velho a escarrar, crianças a brincar, um sem-abrigo sem uma perna a pedir. Do outro, um senhor sentado no sofá a ver um documentário de vida selvagem, um rapaz a perguntar se queremos uma tour de qualquer coisa, mulheres de saris coloridos que arriscam a vida a passar a rua. De repente, uma mota em sentido contrário. Será que vai passar? Claro que passa, a rua está a abarrotar, mas na capital do país mais populoso do mundo cabe sempre mais um.


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We leave the hostel and it's a commotion outside. People selling food they make on their doorstep. Stores with everything and something more. “Hello sir, where are you from?” We move through the narrow streets, among tuk tuks, motorbikes and rickshaws, flanked by entrances to more alleys and tiny doorless cement houses, where everything happens. On one side, a lady sitting on the floor eating, an old man spitting, children playing, a homeless man without a leg begging. On the other, a man sitting on the sofa watching a wildlife documentary, a boy asking if we want a tour of something, women in colorful saris risking their lives crossing the street. Suddenly, a motorbike comes in the opposite direction. Will it pass? Of course it will, the street is packed, but in the capital of the most populous country in the world there is always room for one more.